PRONUNCIAMENTO DEPUTADO DILMO DOS SANTOS FEITO EM 5 DE OUTUBRO NO PLENÁRIO DA ALESP - SOBRE ACUSAÇÕES ENVOLVENDO SEU NOME
Quero cumprimentá-lo, Sr. Presidente, Deputado Jooji Hato, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, e ainda cumprimento a nobre Deputada Ana Perugini, pelo discurso e preocupação com o rio Piracicaba. Na verdade, esta preocupação vai além do rio Piracicaba. É algo que devemos observar com muita urgência e promover ações.
Por isso, propusemos nesta Casa a instalação da Frente Parlamentar em Defesa dos rios PCJ, por meio da qual abriremos audiências públicas, além de nos envolvermos diretamente com os agentes para juntos buscarmos solução a essa questão tão importante e tão relevante.
Entretanto, Sr. Presidente, o que me traz hoje à tribuna é algo que me incomoda e me traz muita indignação. Nos últimos dias temos assistido a um teatro orquestrado nesta Casa. Um teatro onde existem produções e produtores independentes criando fatos, inventando histórias e trazendo protagonistas que muitas vezes não têm a coragem de se mostrar e se escondem formando histórias em relação a outras pessoas sem nenhuma responsabilidade e muitas vezes muito levianamente.
Assim que acordei hoje, ao ler os jornais, assustei-me. Sou deputado de primeiro mandato nesta Casa. Tenham certeza de que para eu chegar aqui não foi de qualquer forma e nem de qualquer maneira. Foi com muito trabalho e com muita convicção do meu objetivo e o que espero para este Estado.
Durante alguns anos andei por este Estado para conquistar votos. Nosso Estado tem 645 municípios. Só para deixar registrado, tive votos em 511 municípios desse Estado. Recebi 90.909 votos de pessoas que confiaram em mim. Como eu já disse, eu me propus a ser deputado porque tenho um sonho, um sonho de poder ver este Estado em destaque, da forma que deve estar e da forma mais ordeira e honesta que possa existir.
Mas me assustei; porque deputado tem algumas funções e uma delas é ser intermediário entre o município e o Governo. Infelizmente parece que estão tentando cercear um direito, além de outros que já foram cerceados.
Estamos aqui desde 15 de março e talvez eu tenha conseguido com muita angústia e luta defender pelo menos um projeto para ser votado - e projeto de lei é incumbência de deputado, mas parece que não é bem assim, porque não é o que está acontecendo. O nosso direito parece estar sendo cerceado. Temos de negociar a todo tempo para poder exercer o nosso direito de sermos deputados.
Mas não bastasse isso, eles agora estão tentando dizer que deputado não tem direito de indicar aquilo que é a necessidade do município. O deputado só pode indicar se tiver tido voto ali.
Olha, eu nunca tive votos. Esta foi a primeira vez que me candidatei. Eu nunca tive votos antes. Por isso, pretendo ter votos em todos os municípios no próximo mandato e quero dizer: se há denúncia, que o denunciante tenha a coragem de citar os nomes. Se não tiver esta coragem, esta Casa está preparada para instalar uma CPI, mas que tragam aqueles que têm explicações a dar. Mas parece que isso não interessa a muitas pessoas. O bandido vira mocinho e o mocinho vira bandido.
Está na hora de botar ordem na Casa e ver quem de fato merece ser condenado.
Não sei de quem é essa pretensão. Também não me interessa. O que quero é a verdade. O que quero é seriedade. O que quero é justiça em cima daquilo que está acontecendo. Não seremos os réus dos bandidos que estão querendo se passar por mocinhos. Eu não nasci para isso e não me prestarei a este papel.
Quero dizer a todos os prefeitos: se você tem uma demanda na sua cidade, traga. Mesmo que eu não possa passar como emenda, passarei como Indicação. Eu também sou um homem de fé. Quem sabe acontece um milagre e o nosso Governador libere a verba?! Acredito que isso possa acontecer.
O que não vou admitir é que façam da forma que estão tentando fazer. Se há prerrogativas, que se use delas. Se tem o jeito, que se dê o jeito, mas não queiram dar a pecha de bandidos àqueles que são inocentes.
Trago a minha indignação porque devo à sociedade, devo ao meu Estado, devo ao meu povo a confiança que em mim depositaram e quero me colocar à disposição de quem quer que seja para reivindicar pela população.
É o meu primeiro mandato, portanto, nenhuma emenda minha foi paga ou liberada, assim mesmo estamos lutando todos os dias tentando conquistar e convencer aqueles que podem fazê-lo. Há uma forma de liberação. Talvez a sociedade não saiba.
Em relação às emendas, não é deputado que manda pagar. Não. Há uma forma, há um jeito e tenham certeza de que há fiscalização por parte do Estado. Não é o deputado que acompanha até porque a documentação é enviada através de pedido da Casa Civil. Então, não é o Pastor Dilmo, não é o Deputado Dilmo, não são os deputados que estão sofrendo acusações que vão ter de pagar pelos culpados.
Quero pedir perdão se me excedi, mas estou extremamente indignado como homem de fé, como homem que representa um segmento e que não deixará a sua honra ser manchada dentro desta Casa.
Comentários
Postar um comentário